Salar de Uyuni: motivos para visitar – parte I

Para quem nunca ouviu falar do Salar de Uyuni; para aqueles que sonham conhecer; e para os que sabem vagamente sobre o destino: hoje começo a falar sobre esse lugar lindo da Bolívia que merece ser visitado.
Uyuni fica a 546km de La Paz, a dez horas e meia de viagem de ônibus (sim, é puxado!). Dei muito azar porque, logo na chegada à capital, fiquei sabendo que haviam fechado as estradas até lá devido a um protesto. Isso durou uns três ou quatro dias, mas abriram a tempo de eu conseguir ir. Portanto, antes de sair comprando a passagem aérea, envie emails para agências de turismo de La Paz ou para hotéis de Uyuni e dê uma lida no noticiário local para saber se está tudo OK.
Reservei meu passeio (de três dias e duas noites) com a agência Buhos Tours, localizada na Rua Sagarnaga. Essa via reúne várias outras operadoras, então, rola pesquisar preços. O pacote geralmente inclui bilhetes de ônibus, guia, transporte por todo o Salar de Uyuni num veículo 4×4, hospedagem e alimentação.
Fique MUITO atento à companhia de ônibus que realizará sua viagem. Ouvi relatos péssimos de amigos que se locomoveram em verdadeiras carroças e passaram muito frio. Eu mesma, que fui em junho, sofri com um veículo sem aquecimento num outro momento da trip. Mas a vida sorriu para mim antes da ida ao Salar e pude conhecer a Todo Turismo, indicada pela própria agência. Os ônibus são bem conservados e confortáveis. Eles oferecem jantar e café da manhã muito bons. Quem quiser fechar o transporte por fora, direto com a empresa, vai pagar 378 pesos colombianos (ida e volta).
Aliás, aproveitando o tópico clima, leve casacos, blusas de manga comprida, calças, meias, luvas, gorros, roupas térmicas etc, principalmente no inverno. Ah, e esse papo de que tem que levar mochilão pesado é besteira. Dá para ir tranquilamente com mala de rodinha, pois a bagagem fica o tempo inteiro na 4 x 4 durante o tour.
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Saí às 21:00 da rodoviária. Dá para ir de táxi tranquilamente, pois a oferta em La Paz é grande. Cheguei ao Salar de Uyuni às 7:30 e uma pessoa da agência estava à espera no terminal de ônibus. Logo apareceram o guia e o motorista, que me levaram, junto com uma amiga e outras três pessoas que conhecemos na hora, para o primeiro ponto: o cemitério de trens. Amei esse lugar. São várias locomotivas antigas, que eram usadas para transportar minério. Subi nelas e tirei várias fotos. Depois, seguimos para o povoado Colchani, onde encontramos pessoas que trabalham com extração de sal de forma artesanal. Entre um local e outro, paramos para fotografar a linda paisagem do Salar de Uyuni.
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A terceira parada foi a ilha Incahuasi, conhecida por seus cactos gigantes, de mais de dez metros de altura. Ali fizemos a primeira refeição do dia. O guia e o motorista preparam a comida no meio do nada mesmo. Neste primeiro dia, o cardápio estava bem fraco: carne cheia de nervos, arroz insosso, salada e queijo branco. Na sequência, o guia nos chamou para fazer aquelas famosas fotos em perspectiva (abaixo). Ele dirigiu o ensaio e assumiu as câmeras. Foi bem divertido.
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Por fim, fomos dormir num abrigo de sal. É muito legal, gente! A cama é de sal, o chão é de sal, a parede é de sal, tudo é de sal. Fomos acolhidos por uma família simpaticíssima que preparou um jantar delicioso, com frango, batatas e outros legumes e bananas fritas. Nesse local estava disponível um chuveiro com água quente e tomei o único banho em três dias. O frio era tanto que não havia a menor possibilidade de tirar todas as roupas à noite e se enfiar na água gelada. Há abrigos que sequer têm chuveiro. É comum ficar sujinho mesmo, não estranhe rsrs. Capriche nos lenços umedecidos.
Nos próximos posts, conto sobre o restante do passeio 🙂
*Viagem realizada em junho de 2014

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