Um dos momentos mais legais do meu mochilão pelo Peru foi quando conheci Arequipa e o Valle del Colca.
Fui de Cusco para Arequipa de ônibus. São quase dez horas de viagem (sim, puxado!), por isso, a boa é escolher um horário à noite para ir dormindo. A passagem (ida e volta) sai a 200 soles peruanos, aproximadamente. Comprei pela internet no site da empresa Cruz del Sur. O atendimento é muito bom e a estrutura do veículo, também. Porém, o sistema de aquecimento não funciona bem. Fui em pleno inverno e sofri demais. Aqui vale um alerta: capriche muitooo nas roupas nessa época do ano. O frio é de lascar.
Me hospedei no hostel Arequipay Backpackers. É bem localizado, próximo à Plaza de Armas, a principal de lá. Fiquei num quarto duplo privativo, bem razoável. Até mesmo o banheiro compartilhado é tranquilo. Se você está acostumado a esse tipo de hospedagem, vale a pena pelo preço mais em conta.
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No primeiro dia, fiz um walking tour gratuito. Em frente à Plaza de Armas, há um posto de turismo que oferece esse serviço. Ao final, você escolhe quanto quer pegar. É apenas uma quantia simbólica.
No caminho, o guia explica que Arequipa foi fundada em 1540 como Villa Hermosa de Nuestra Señora de la Asunción. No ano seguinte, o rei Carlos V, da Espanha, concedeu a ela, por decreto real, o título de cidade.
O primeiro ponto de parada é a imponente Basílica Catedral, o coração da praça. Em seguida, aparecem a Igreja Santo Domingo e o Claustro de La Compañia, um complexo construído por jesuítas. Gostei bastante, pois de lá rola uma bela vista para o vulcão Misti, que fica pertíssimo da cidade. Tem gente que se aventura e até faz uma escalada por ele.
No próprio hostel, reservei o passeio para o Valle del Colca. O pacote inclui transporte e hospedagem em Chivay por uma noite. As refeições são pagas por fora e custam, em média, 25 soles cada.
A van pega os turistas por volta das 8h. Depois de mais ou menos duas horas e meia, chega-se ao Mirador de Los Andes, para apreciar a cordilheira. Durante o trajeto, conheci também Pampa Cañahuas, onde ficam alpacas, vicunhas e lhamas. Uma graça!
No caminho, só bombando na folha de coca e nas balinhas feitas a partir da planta para amenizar os efeitos da altitude, conhecido como soroche.
À tarde, uma visita (opcional) de duas horas a Calera, já em Chivay, para os banhos termais. Portanto, é imprescindível levar a roupa de banho para entrar nas piscinas com água em temperatura acima de 40 graus. É muito relaxante. Sem falar na vista, belíssima. O ingresso custa 15 soles.
À noite, há uma apresentação folclórica no restaurante escolhido pelo pessoal do tour em Chivay. Fui a uma pizzaria muito boa, chamada El Horno. O hotel onde dormimos também era ótimo, mas vai depender da empresa com a qual você fechar, claro.
No dia seguinte, bem cedinho, seguimos para Cruz del Condor para ver o Cañón del Colca em seu melhor ângulo. Também deu para acompanhar os voos de condores. É lindo! O ingresso custa 70 soles para turistas estrangeiros e 40 para os latinoamericanos.
Por fim, conhecemos os povoados Yanque e Maca e, entre eles, Achoma. No primeiro, várias mulheres fazem uma dança típica para os turistas. É uma apresentação bonita. Dá para conhecer uma igrejinha também. Em Maca, outra igreja e também uma feirinha de artesanato, ótima para comprar as lembrancinhas. Não entramos em Achoma. Só paramos para fotografar a paisagem. Todos esses pontos são bem legais. Trip imperdível!
Obs.: Viagem feita em junho de 2014
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